Segundo a Demografia Médica no Brasil, a Infectologia é a 24ª especialidade mais procurada entre os médicos, com cerca de 3.743 especialistas (Masculino 42,1% e Feminino 57,9%). Nesta área da ciência médica, é o infectologista o responsável por cuidar das doenças causadas por microrganismos, como bactérias, vírus, protozoários e vermes.
Esta especialidade, que tem o nome de infectologia há apenas 30 anos, estuda diversos tipos de doenças voltados para prevenção e tratamentos, como aconteceu nos casos de dengue, malária, leishmaniose, tuberculose, e muitas outras. A importância é tanta que existe uma lei que obriga todo hospital a ter um infectologista para controlar as infecções neste ambiente, tornando o mercado de trabalho bastante amplo.
O QUE FAZ E QUAL O CAMPO DE ATUAÇÃO DE UM INFECTOLOGISTA?
O campo de trabalho dos infectologistas é muito amplo, podendo trabalhar em hospitais públicos, particulares e laboratórios, realizando ações voltadas para a prevenção, diagnóstico, tratamento e controle das doenças infecciosas e parasitárias.
No serviço público o médico infectologista tem perspectiva de trabalhar em ambulatórios e enfermarias, atendendo pacientes, e em Comissões de Infecção Hospitalar. Sua formação clínica possibilita que atuem também como generalistas, principalmente em serviços ambulatoriais.
Outro campo de atuação que vem sendo ampliado na Infectologia é o de Imunizações, dada a importância das vacinações no controle das doenças infecciosas. Veja abaixo as diferentes opções de atuação:
. Atendimento hospitalar; . Atendimento ambulatorial; . Gestão de saúde; . Vigilância epidemiológica; e . Diagnóstico e tratamento de epidemias. |
SALÁRIO E CARGA HORÁRIA NA INFECTOLOGIA
De acordo com o site vagas.com, o salário inicial de um médico infectologista é de R$ 7.419,00 e pode vir a ganhar até R$ 13.010,00. A média salarial para esta categoria no Brasil é de R$ 8.599,00 para uma jornada de trabalho de 20h semanais.
Já o salário de Médico Infectologista concursado é de R$ 5.479,75 para uma jornada de 21 horas semanais.
PERFIL DO PROFISSIONAL DE INFECTOLOGIA
Para quem quer seguir a carreira de Infectologia precisa se familiarizar com as ciências médicas, biologia e microbiologia, pois a área exige contato com hospitais e tudo que está relacionado a bactéria.
Em geral, os médicos infectologistas são líderes e referências dentro de suas instituições. Estes profissionais têm que ser versáteis nas técnicas diagnósticas e conhecimento profundo sobre o uso de antivirais, antibióticos, antifúngicos e antiparasitários, visto que esse conhecimento é fundamental pelo aumento da resistência microbiana, para a escolha do melhor tratamento da infecção.
Alguns médicos infectologistas se aprofundam em temas específicos como Aids, hepatites, infecção relacionada à assistência à saúde (Infecções hospitalares), infecção em transplantados, epidemiologia e diagnóstico laboratorial.
PERFIL DO PACIENTE DE INFECTOLOGIA
Os pacientes são desde crianças até os idosos, de ambos os sexos, que normalmente apresentam sintomas como: febre, lesões cutâneas e sepse. Outros grupos encaminhados aos infectologistas são aqueles infectados pelo vírus imunodeficiência humana (HIV) ou que tenham hepatites virais.
MERCADO DE TRABALHO DE INFECTOLOGIA
O mercado de trabalho de infectologia é bastante amplo nos estados e municípios. O campo de atuação dos infectologistas ficou ainda maior devido a exigência da lei federal 6.431 de 06/01/97, que obriga todos os hospitais brasileiros construírem Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), visando a redução máxima da incidência e gravidade das infecções.
RESIDÊNCIA MÉDICA EM INFECTOLOGIA
A Residência Médica em Infectologia é de acesso direto (não exigem pré-requisitos) e possui 3 anos de duração. Apesar de não haver exigência, é indicado que a residência seja feita em instituições de ensino que possuam pelo menos um programa na área clínica e na área cirúrgica.
Ao médico residente é assegurada bolsa mensal no valor de R$ 3.330,00, em regime especial de treinamento em serviço de 60 horas semanais. Confira abaixo o número de vagas autorizadas de residência médica de Infectologia:
R1 | R2 | R3 | R4 | R5 | R6 | TOTAL | %1 |
254 | 253 | 279 | 61 | 2 | - | 849 | 1,5 |
SUBESPECIALIDADES DE INFECTOLOGIA
As opções de subespecialidades na infectologia são: Hansenologia, Hepatologia, Infectologia Hospitalar, Infectologia Pediátrica e Medicina Tropical.
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DOS INFECTOLOGISTAS
Segundo informações da demografia Médica, a razão de especialistas por 100 mil habitantes é de 1,80. A distribuição dos infectologistas nas regiões são: Norte (6,3%), Nordeste (16,7%), Sudeste (57,8%), Sul (11,2%) e Centro-Oeste (8,0%).
DESAFIOS E FUTURO DA ESPECIALIDADE
Há um crescimento de novas técnicas diagnósticas, rápidas e específicas, novos antibióticos e antifúngicos, novas vacinas, anticorpos monoclonais e imunobiológicos cada vez mais eficientes.
No entanto, a prevenção e assistência de doenças como Tuberculose, Aids, Malária, Hanseníase e outras, ainda se constituem em um grande desafio, bem como o controle de algumas pandemias que tem surgido, como o caso do novo COVID-19.
Além disto, os avanços tecnológicos no atendimento hospitalar a pacientes que necessitam de terapia intensiva e a transplantados e imunossuprimidos proporcionam maior vulnerabilidade a determinadas infecções.
FICHA TÉCNICA DE INFECTOLOGIA
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Se você acha que esse é seu futuro, corre para pesquisar os próximos concursos de Residência Médica! Caso contrário, pode conferir outras especialidades no nosso Guia do R1.
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