O Conselho Federal de Medicina (CFM) permitiu a utilização do método de consulta médica à distância no Brasil via Telemedicina (Teleatendimento), para garantir uma maior segurança dos pacientes e dos próprios médicos diante da pandemia causada pelo Coronavírus.
Apesar dessa nova modalidade de atendimento ser uma forma de evitar a sobrecarga nos hospitais e conter o avanço das contaminações da doença, ela vem trazendo grandes dúvidas e preocupações aos médicos.
ferramentas de teleatendimento
O CFM publicou um ofício autorizando o uso de três ferramentas de teleatendimento no Brasil nesse período de Coronavírus, veja abaixo:
- Teleorientação: para que os médicos possam realizar à distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento;
- Telemonitoramento: ato realizado sob orientação e supervisão médica para monitoramento ou vigência à distância de parâmetros de saúde e/ou doença;
- Teleinterconsulta: exclusivamente para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
o que pode e o que não pode na telemedicina?
Confira abaixo as principais decisões quanto ao uso da Telemedicina no Brasil:
- É permitido a emissão de receitas e atestados médicos à distância, desde que assinados com certificado digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
- Em relação è entrega de receitas e atestados, utilizar um serviço de entrega (motoboy), devendo o envio ser feito em envelope lacrado. No caso de grandes distâncias, o envio do documento pode ser feito por meio eletrônico;
- Médico e paciente devem chegar a um acordo em relação à remuneração pelas consultas particulares, sendo a transferência bancária uma opção;
- É preciso deixar claro ao paciente as limitações do atendimento remoto, caso o médico seja de uma especialidade que necessita realizar o exame físico para ter o diagnóstico. Todas as informações devem ficar claras ao paciente;
- O médico pode atender presencialmente, mas isso deve ser reduzido ao menor número possível de pacientes e com todos os cuidados decorrentes da atual pandemia;
- Se tratando de casos gratuitos e voluntários, o médico também deve fornecer os esclarecimentos pré e pós atendimento, solicitando ao paciente que manifeste seu consentimento para a realização do atendimento através da plataforma utilizada para a comunicação.
ATENDIMENTO por meio da telemedicina
Quantas pessoas estão indo ao pronto-socorro sem de fato precisar? Pois é, muitas! O Teleatendimento foi pensado justamente para facilitar a vida do paciente e do médico. Através de uma videoconferência com o paciente, o médico consegue fazer uma espécie de triagem do caso. Afinal, 80% dos diagnósticos podem ser identificados com uma boa anamnese.
O serviço é uma porta de entrada que permite avaliar os casos que necessitam ou não de uma avaliação presencial/exames. Os agendamentos das consultas podem ser realizadas diretamente com a clínica desejada pelo paciente ou em plataformas de busca de especialistas na internet.
Você deve estar se perguntando “mas toda especialidade médica pode fazer esse tipo de atendimento?”, a resposta é sim! Embora algumas especialidades sejam mais limitadas que outras, por serem dependentes do contato físico com o paciente e do exame para fazer seus diagnósticos, todos os médicos têm autorização para realizar consultas onlines!
Apenas em casos de emergência não podem ser resolvidos pela Telemedicina, como pacientes que encontram-se com falta de ar, esteja sofrendo infarto ou perda da consciência, que devem ser acionados a emergência ou serviço de resgate. Fora isso, quadros de urgências podem ser atendidos por teleconsulta, como: cálculo nos rins, quadro de infecção ou dor resistente. Podendo o médico orientar, passar medicação para aliviar os sintomas, pedir exames complementares ou até iniciar um tratamento.
o teleatendimento veio para ficar!
Medicina é uma área que vai seguir evoluindo e você não pode ficar para trás! Permanecer com consultas onlines pode ser uma grande alternativa e conquista para a categoria médica nos próximos anos.
Já colocou ou pretende colocar em prática este novo modelo de atendimento? O que você acha dessas mudanças? Deixe sua opinião nos comentários!