O Médicos Sem Fronteiras é uma organização internacional que leva profissionais de saúde para várias regiões que passam por algum tipo de crise no mundo. Ela foi criada em 1971, na França, por médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários nos anos 60 em uma guerra civil na Nigéria. Desde então, o MSF cresceu e se tornou referência em trabalho voluntário no mundo e em 1999 teve seu trabalho reconhecido ao ganhar o Prêmio Nobel da Paz.
A organização leva médicos e profissionais de saúde em regiões com conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem qualquer acesso à assistência médica. Ela está presente em mais de 70 países e possui mais de 36 mil profissionais, de diferentes áreas, atuando no MSF. Cerca de 90% do seu orçamento vem de doações de pessoas e empresas.
COMO FAZER PARTE DO MÉDICOS SEM FRONTEIRAS
Para ser um médico ou profissional de outra área na organização, é preciso passar pelas etapas de: Análise do Currículo, Pré-Entrevista, Atividade Presencial, Período de Espera e Considerações gerais. Acesse o link para saber como funciona o processo.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS NO BRASIL
As ações da organização no Brasil começaram em 1991, no combate de cólera na Amazônia e não parou desde então. Já foram 15 projetos de ajuda humanitária feitos no país. Em 2006, o MSF começou a recrutar profissionais e captar recursos brasileiros para seus projetos. São 150 tupiniquins fazendo parte do Médicos Sem Fronteiras e 400 mil doadores no país.
Profissionais do Médicos Sem Fronteiras também atuaram durante as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, treinando profissionais de saúde mental. Já ajudaram pessoas sem acesso à saúde em Vigário Geral e vítimas da violência do Complexo do Alemão, ambas favelas também do Rio de Janeiro. Por fim, profissionais da organização também atuaram no incêndio da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul; na cheia do Rio Madeira, em Rondônia, entre outros casos.
HISTÓRIAS DE MÉDICOS NO PROJETO
No site do Médicos Sem Fronteiras há um Diário de Bordo, onde os profissionais que participam da organização contam histórias que passaram. Histórias como a de Andrei Melo, que foi médico em Mossul, no Iraque, atendendo principalmente vítimas de guerra.
“Eu vi o que há de pior na humanidade, mas eu vi também o que há de melhor. A esperança, a resiliência e o amor ao próximo que não desaparecem em meio ao caos. Muito pelo contrário, eram exacerbados. As pessoas que conheci, os pacientes que atendi e o sentimento humanitário que vivenciei ali é o que eu levarei comigo.” - Trecho do Diário de Bordo de Andrei Melo, médico no Iraque.
Outro relato também interessante é o da obstetra Marcella Israel, que ficou 2 meses em uma maternidade de “Jahun Paradise”, interior da Nigéria, onde a taxa de mortalidade materna pode chegar a 800/100.000 nascimentos. 10 vezes maior que no Brasil.
“Meus presentes são diários e inestimáveis: chorinhos dos recém-nascidos, sorrisos das mães que tiveram partos seguros, acompanhantes tentando se comunicar comigo misturando o rauça com gestos, e o convívio estimulante com os colegas locais. E sim, se o paraíso for como Jahun, quero ir para lá.” - Trecho do Diário de Bordo de Marcella Israel, obstetra na Nigéria.
Também há no Diário de Bordo uma história da médica Ana Maria Amorim, em Laos, na Ásia. Ela falou da precariedade do sistema de saúde do país e como foi a tentativa de salvar a vida de uma criança.
“É muito comum na assistência médica daqui enviar o paciente grave e precisando de ajuda, correndo risco de morte, para casa, para morrer em casa, pois os hospitais não oferecem socorro por precárias condições e por baixo nível de conhecimento dos médicos locais.” - Trecho do Diário de Bordo de Ana Maria Amorim, médica em Laos.
DOE PARA O MSF
Esperamos que essas histórias possam te inspirar a participar do projeto, seja como médico, doador ou até como um admirador. Compartilhe com os amigos para que eles conheçam o Médico Sem Fronteiras!