Janeiro Branco e a Saúde Mental na Medicina

- Saiba mais sobre a campanha Janeiro Branco e o cuidado da Saúde Mental na Medicina.

Janeiro Branco é uma campanha criada por psicólogos de Uberlândia (MG), com o objetivo de fomentar ações para a promoção de Saúde Mental da população. De acordo com os organizadores, a iniciativa visa prevenir o adoecimento emocional, bem como estresse e depressão. 

Mas por que Janeiro foi o mês escolhido para a campanha e o que isso tem relação com a área da Medicina? Descubra a seguir na matéria!  

ENTENDA A RELAÇÃO DA CAMPANHA JANEIRO BRANCO E A SAÚDE EMOCIONAL DOS MÉDICOS

Culturalmente, Janeiro é o período do ano em que as pessoas avaliam seus conceitos e traçam suas metas. De acordo com especialistas, transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico são cada vez mais frequentes, e mostram o reflexo da forma como a sociedade vem se comportando. 

Contudo a campanha mostra a importante que educadores, representantes públicos, médicos e demais profissionais da saúde elaborem estratégias em conjunto para promoção do bem-estar emocional. Mas o fator principal é que esses transtornos é uma realidade dos estudantes de Medicina e estão cada vez mais presentes na vida dos médicos, por diversos motivos, afetando e muito sua saúde mental! 

Um dos slogans utilizados na campanha é: “Onde há saúde mental plena, há paz”. E pensando nesse contexto dos médicos, o Soul Medicina adaptou para: “O médico que tem saúde mental plena, tem paz para cuidar de outras vidas”.

SAÚDE MENTAL NA MEDICINA

Não é novidade para ninguém que a Carreira Médica é uma das que mais sofre com o desgaste emocional. A exigência por tanto estudo e comprometimento é justificável pela preocupação paciente. Ninguém quer pôr a vida em jogo nas mãos de uma pessoa sem qualificação. Contudo, a pressão que esses profissionais e estudantes da área convivem merece muita atenção.

Desde o vestibular ultra concorrido, passando pelas matérias puxadas na faculdade, às atividades extracurriculares para incrementar o currículo, o internato e a Residência que exigem conciliação entre estudos e trabalho, sem mencionar os cursos complementares de atualização, congressos, ligas e pesquisas. Isso tudo é só sobre a formação de um médico. 

Ainda há a pressão do trabalho: o contato com doenças infectocontagiosas; a insalubridade de muitas instituições de saúde; o atrito social dentro do ambiente de trabalho; o zelo pela vida do paciente; a carga horária extensa; a falta de material em determinados lugares; entre outros fatores que pesam sobre o exercício da profissão. Quem trabalha com Medicina vive um estresse que nem todos enxergam.

Parece inevitável associar “trabalho” a “estresse”, mas infelizmente este é um cenário real dos profissionais da saúde, que em muitos casos não conseguem fazer a devida gerência sobre esses fatores. Seja numa Residência Médica, ou no internato, a carga de trabalho deve ser manejada para não comprometer a saúde mental do médico. 

 

CUIDE DA SUA PRÓPRIA SAÚDE, ANTES DE CUIDAR DA SAÚDE DOS OUTROS

Apesar de natural a vida humana, a tolerância ao estresse deve ser trabalhada constantemente para não ocasionar outros problemas mais graves como Depressão. Fique de olho nos sintomas mais comuns de quem relacionados ao estresse e a depressão: 

 

Estresse Depressão
  • Dificuldade de concentração;
  • Problemas de memória;
  • Dor de cabeça constante e/ou enxaqueca;
  • Dores musculares;
  • Desconforto e problemas intestinais;
  • Náusea e/ou tontura; e
  • Batimento cardíaco acelerado e/ou dores no peito.
  • Perda ou ganho não intencional de peso;
  • Frequente insônia ou sonolência excessiva;
  • Frequente dificuldades psicomotoras (agitação ou apatia);
  • Cansaço e fadiga constante;
  • Sentimento constante de culpa e inutilidade;
  • Baixa autoestima, e
  • Pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

 

Se identificou ou conhece alguém que sofre de alguma dessas condições? Busque ajuda imediata a um Psicólogo ou Psiquiatra, antes dela se tornar fatal. E, considerando as sequelas fisiológicas provocadas pelo desgaste emocional, estamos falando de fatalidades além do suicídio.

E você? Tem se cuidado? Já passou por algo assim? Conhece alguém que já? 

A vida de Medicina não é fácil, mas ela não pode ser um sacrifício! 

 
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